Já era quase uma da tarde, quando minha mãe chegou.
Eu estava com o meu pai no sofá da sala assistindo a um programa cômico de TV.
- Cheguei – ela falou, muito feliz.
- Ah, oi mãe – falei.
- Boa tarde, filho.
- Como foi lá no parque? – indagou meu pai, sem muito interesse.
- Conheci algumas mulheres – ela respondeu; depois olhou para mim – inclusive, Fubuki, eu convidei uma para passar o domingo aqui conosco. Ela trará sua filha. Fiquei sabendo que é da sua idade.
Ah, não! Mais uma garota? Já havia Shimizu e Zoe. Era mulher demais para a cabeça de um menino. Ainda mais um menino confuso e indeciso como eu. Mas não tive mais nada a falar, a não ser:
- Como quiser, mãe.
Ela foi para a cozinha para fazer o almoço, enquanto eu ia para o meu quarto. Meu pai ficou na sala, já colocando no noticiário da tarde.
Deitei na minha cama e fiquei pensando um pouco.
Sem vampiros agora.
Agora eu pensava na minha vida dali pra frente, como um “aprendiz de caçador de vampiros”. Meu primeiro caso não seria, bem, combater vampiros. Eu precisava ver se descobria algo sobre aquele cientista desaparecido. Iria à antiga casa de Hiroshima, para ver se achava algo sobre o assunto. Mas e se não tivesse nada lá? Bom, agora só me resta pensar no melhor e me preparar para o pior. Com certeza eu teria que lidar com o que viesse. Mesmo que sejam vampiros…
Decidi descansar.
Amanhã treinaria um pouco com a minha nova espada. Senti que ela era feita especialmente para mim, com tudo ajustado. Era o peso ideal, era afiada como eu queria, e era dourada… Por que eu achava a cor importante? Por que não era a mesma cor da espada que eu usava no meu pesadelo. Lá eu matei meus pais com uma espada vermelha, completamente diferente. Isso já me aliviava.
De repente senti um calor, depois um arrepio gelado.
- Essa não! – murmurei.
Sempre que eu sentia isso acontecia algo estranho. Primeiro aquelas sombras do meu pesadelo. Depois os três valentões – ou dois, como quiser. O professor de História, o diretor e, por fim, aquele motoqueiro misterioso.
O que viria agora?
Ouvi um barulho estranho, que não sei distinguir, vindo da floresta. Me levantei e fui à janela ver o que era.
Ao olhar para baixo, vi Natsuno.
Espera aí! Natsuno? O que diabos Natsuno queria?
- Ei, Fubuki! – ele me chamou.
- E aí Natsuno. O que faz aqui?
- Desce um pouco. Preciso falar com você.
Fiz que sim.
Saí do meu quarto, desci as escadas e saí pela porta dos fundos, que dava na floresta.
Ao me encontrar com ele:
- Natsuno, como sabia onde eu morava?
- Foi fácil – ele sorriu. – Procurei nos arquivos da escola.
Procurou nos arquivos da escola?
- O que você quer? – perguntei, estranhando.
Ele olhou para a floresta.
- Eu já sei sobre você – ele disse.
- Sabe sobre mim?
- Esse lance de caçar vampiros.
Será que eu ouvi direito? Natsuno realmente descobriu sobre isso? Mas como? Não haveria como ele saber, a não ser…
- Eu também sou membro de uma família especial – ele explicou. – Resumindo: também sou um caçador de vampiros.
E agora? Como reagirei? Natsuno ser um caçador com certeza era uma surpresa, mas eu nem imaginava? Descubra no próximo capítulo de “O Caçador de Vampiros”.
Você não pode perder!
Acompanhem ^^
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