quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Capítulo 7 - Tentação Dupla - 3ª Parte


    Eu estava num ônibus, ao lado da minha mãe e do meu pai, no fundo. Olhei para frente e, surpreendentemente, o diretor da minha escola estava no banco da frente, ao lado do professor de História. Havia mais algumas outras pessoas. Olhei para o lado de fora pela janela e vi os três valentões da escola olhando para mim. Ao lado, Riku e Yuuki. Estranhei.
    Voltei a olhar para o meu lado, minha mãe e meu pai. Foi aí que percebi que, ao lado deles, Shimizu e Zoe estavam sentadas lado a lado. Ninguém falava absolutamente nada, como se fossem múmias, apenas olhando para frente.
    De repente, o ônibus derrapou, perdendo o controle, até começar a capotar e a cambalear! Todos se feriam, menos eu. Parecia que eu estava num daqueles brinquedos do Playcenter. Quando o ônibus parou a destruição, suspirei. Mas depois percebi que todos ao meu lado estavam mortos, com seus olhos abertos e suas bocas espirrando sangue.
    Senti um aperto no peito.
    O ônibus estava de barriga para cima.
    Olhei para frente, onde o diretor e o professor olhavam para mim, com seus olhos vermelhos. Eles eram os únicos vivos além de mim. Meu coração começou a bater mais forte. Eles estavam engatinhando em minha direção! Ambos pareciam demoníacos ou algo do tipo. Tentei sair, mas alguma coisa me prendia. Comecei a ouvir vozes: “Corre, Fubuki!”. Era Natsuno, gritando de algum lugar. “Você consegue, rápido!”, agora era Joe. O diretor e o professor estavam cada vez mais perto! Três metros, dois metros, um metro! Quando se preparavam para me dar uma mordida… acordei.
    Dei um salto quase que mortal ao chão. Estava meio tonto pelo pulo, mas consegui ver alguém no meu quarto.
    - Fubuki! – meu pai gritava, entrando no corredor, chegando perto do meu quarto.
    Eu não conseguia ver muita coisa, mas sabia que era um homem. Ele pulou da janela para o lado de fora como se fosse uma sombra. Fui atrás, já voltando ao normal. Eu sei que estava no piso superior, mas sou bom atleta, e adrenalina é a minha paixão. Alias, o chão lá embaixo era gramado, que amortece a queda. Aterrissei, e corri atrás do indivíduo, que estava correndo em direção à floresta. Meu pai apareceu na janela do meu quarto. Quando me viu seguindo o homem misterioso pulou e nos seguiu. Minha mãe estava preocupada conosco, sem entender nada, ainda em casa.
    Eu estava correndo atrás daquele cara, já recuperando por completo a visão. Senti que era ele quem me vigiava todos os dias. Meu pai estava logo atrás, me chamando. Mas eu ignorava, pensando apenas em seguir aquele homem. Eu corria, corria, corria. Estava a apenas alguns metros dele, não podia desistir. A floresta estava escura, mas eu – não sei por que – conseguia enxergar claramente. Era o diretor da escola Matsumoto!
    Meu pai também era muito veloz, e estava nos alcançando. Já estávamos a, pelo menos, 300 metros de casa. Era uma madrugada de calor, uma ótima hora para esportes. Quanto mais entrávamos na floresta, mais assustador o lugar ficava. Quando eu já estava a alguns metros do indivíduo, pulei em seu corpo, assim o derrubando. Estava confirmado: era o diretor.
    - Te peguei! –gritei.
    - Me solta! – gritava ele, com sua voz fundida a outra metálica, como se fosse um uníssono.
    Ele se virou.
    Então vi seus olhos. Estavam profundamente vermelhos.
    Sua força era tanta que ele se levantou, assim me derrubando.
    - Háháháhá – ele gargalhou. – Pensou que ia me capturar tão fácil assim?
    - Mas… mas… O que você é?
    - Não pude controlar minha tentação… - respondeu ele. – Quero você!
    Imediatamente ele abriu sua boca – dentes que realmente eram presas, como os de vampiros – e saltou na minha direção, tentando me dar uma mordida. Quando fechei os olhos de medo…
    - AAAAAAAAARGH!!!!! - o diretor gritou de dor.
    Voltei a abrir meus olhos. Ele estava no chão partido ao meio, e perto dele muito sangue escuro!
    - Hã? – me perguntei, apavorado. Olhei para o lado, e lá estava meu pai, segurando uma espada ensangüentada.
    - Percebi que você precisava da minha ajuda, filho – ele me disse, baixando ela.
    Fiquei sem entender nada.
    - É… - gaguejei, ainda muito assustado e surpreso com tudo aquilo – Pai, poderia… hã, me explicar o que está acontecendo aqui?

    Beijei Zoe! Mas aconteceu uma coisa estranha: o diretor da minha escola era um vampiro! E como meu pai explicará isso? Aliás, ele me salvou com uma espadada no inimigo. E era a lendária Ko-Kyuketsuki! Onde ele a conseguiu? E como? Descubra nos próximos capítulos de “O Caçador de Vampiros”.
    Você não pode perder!

    Acompanhem ^^

Capítulo 7 - Tentação Dupla - 2ª Parte


    Enquanto estava no banho fiquei pensando na Zoe.
    Havíamos nos beijado, o que me deixou impressionado. Como seu beijo era bom, pois conseguiu me encantar. Não era um simples beijo, eu sabia disso. O que era então? Não sei. Suas últimas palavras passavam pela minha cabeça, sem parar: “Eu te amo”. De alguma forma eu estava surpreso, não só com a sua declaração, mas como eu me senti depois disso. Parecia paixão. Mas será que existe isso, duas paixões ao mesmo tempo? De alguma forma eu sabia que Shimizu me despertava um sentimento mais forte. Mas Zoe era muito especial, como se ela fosse um amor de outra vida, da vida passada.
    Era coisa demais para a minha cabeça. Então parei de pensar nisso.
    Terminei o banho e me sequei. Depois vesti minha roupa e desci.
    Minha mãe tinha acabado de fazer o jantar, que estava com um cheiro ótimo.
    Fui à cozinha.
    Vi que ela estava incrivelmente linda. Minha mãe era bonita, mas como não se arrumava frequentemente nem despertava a atenção dos outros homens. Mas agora…
    - Como foi seu encontro? – ela me perguntou.
    - Mãe!
    - Que foi, Fubuki?
    - Eu já lhe disse que não foi nenhum encontro! – menti, porque agora realmente era um encontro.
    - Isso é normal na sua idade, filho – ela afirmou, enquanto preparava a mesa.
    - Mas…
    Antes que eu pudesse terminar meu protesto a campainha soou: Ding-dong!
    - É ele! – gritou minha mãe.
    Fui abrir a porta.
    Era o meu pai, Tony – um homem alto, musculoso, cabelos grisalhos, barba bem feita e de pele um pouco escura, assim como a de Zoe.
    Zoe de novo passou pela minha cabeça...
    - Pai! – eu o abracei.
    - Como vai meu garotão? – me perguntou, com seu ótimo humor – Como você cresceu, hein Fubuki!
    - Mas faz apenas um mês que não nos vemos – brinquei.
    Minha mãe apareceu de repente, também o abraçando e lhe dando um beijo.
    Quando finalmente o soltou:
    - Como você está linda, Sanae – surpreendeu-se meu pai.
    - Ah… - ela ficou vermelha. Percebi que a minha mãe estava muito feliz, então fiquei mais feliz ainda.
    - Ela ficou muito ansiosa por você, papai – informei.
    - Filho!
    - Que foi, mãe? Não é verdade?
    Meu pai deu uma risada e fomos para a cozinha.
    Era muita alegria ter o meu pai por perto!
    Jantamos, conversamos sobre o dia-a-dia, brincamos de mímica e assistimos um pouco de TV, isso em apenas uma noite! Quando já eram quase dez da noite, todos fomos aos nossos quartos: minha mãe e meu pai ao de casal e eu ao meu, claro.
    Dormi.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Capítulo 7 - Tentação Dupla - 1ª Parte


    - Demorei? – perguntei a ela, depois que cheguei.
    - Mais ou menos – Zoe me respondeu, sorrindo.
    Ela estava incrivelmente linda! Seus lindos e longos cabelos castanhos desciam em tranças pelas suas costas, seus olhos verdes brilhavam mais que no dia anterior e ela usava uma roupa muito apropriada para o seu corpo: uma saia até os joelhos e camiseta de mangas curtas, verde claro. Ela realmente era uma garota linda.
    Sentei ao seu lado no banco.
    Meu coração batia muito forte, e eu não conseguia falar nada, como se as palavras tivessem sumido da minha boca.
    - Dia difícil? – ela perguntou, quebrando o silêncio.
    - Deve ser.
    - Como assim deve ser?
    - Ah, sei lá – respondi. – Acho que não foi difícil, apenas… cansativo.  
    Os garotos começaram a jogar futebol na quadra.
    - Pensei que você não viria – ela admitiu, com um leve tom de tristeza.
    - Pensou, é? – eu estava sem jeito – Bom, estou aqui – brinquei.
    - Estou vendo. Que sorte, não? – ela deu um lindo sorriso para mim.
    Sem querer nossas mãos se encontraram no banco. Fiquei muito envergonhado, então a tirei de imediato. Olhei para o lindo rostinho dela e percebi que estava um pouco vermelho. Ela também me olhou, então me fixei em seus olhos, um belo brilho.    
    Desviei o olhar:
    - Desculpe-me – pedi.
    - É… sem problemas.
    Continuamos observando os garotos jogarem futebol.
    - Decidiu se abrir para mim, Fubuki? – ela perguntou, afinal.
    Eu sentia que confiava nela, mas não sabia de onde. Decidi responder:
    - Sabe, Zoe, desde quando me mudei para Tóquio eu me sinto muito sozinho, como você sabe . Não sei por que, apesar de eu ter amigos e tudo mais…
    - É falta de um amor – ela me interrompeu.
    - Falta de um amor?
    - Quando estamos na infância não nos apaixonamos tão seriamente como na adolescência. Sentimos algo diferente, que inicialmente parece ser solidão. Mas na verdade estamos… apaixonados por alguém distante ou não estamos.
    - Então se você está se sentindo sozinha é porque você também está apaixonada? – perguntei.
    - Exatamente.
    Fiquei com um pouco de ciúmes, apesar de eu saber que estava apaixonado pela Shimizu. Mas mesmo assim Zoe me despertava uma sensação muito forte, o que era estranho.
    - Sabe, Fubuki – ela falou, quebrando o silêncio –, eu realmente estou gostando de alguém, só não sei se esse alguém me aceitaria. Estou muito insegura.
    Ela olhou para mim. Eu também a olhei, e nossos olhos se encontraram.
    - E por que não te aceitaria, se você é tão linda? – perguntei; ela ficou vermelha.
    - Mas a beleza não interfere nos sentimentos reais de uma pessoa – ela voltou os olhos ao pôr do sol.
    - É tão lindo, não é? – comentei, também olhando a bela paisagem.
    - Assim como o amor.
    Voltei a olhar para ela. Senti que Zoe queria me dizer algo, mas não conseguia falar. Ela olhou para mim e, por impulso, a beijei.
    Nos beijamos por apenas alguns segundos, mas parecia que era uma eternidade, uma ótima eternidade! Meu coração batia como se fosse um tambor numa fanfarra. Sua pele era tão macia… Sua boca, seu cheiro…
    Paramos.
    Eu estava incrédulo quanto aquilo. Nunca imaginei que chegaríamos a tal coisa... Respirei fundo, recuperando o ar.
    - Me… me desculpe – foi o que consegui falar naquele momento.
   Zoe estava parecendo um pimentão, assim como eu. Olhei-a fixamente nos olhos, enquanto ela olhava os meus; depois se virou para o outro lado.
    Fiquei sem entender sua atitude, e a minha também.
    O que havia acontecido comigo?
    Não sabia por que fiz aquilo, mas não me arrependia.
    Fiquei a observando, enquanto me lembrava do seu aroma.
    Eu simplesmente não conseguia falar mais nada!
    - Fubuki – ela me chamou.
    - Hã? – perguntei.
    - Eu… eu… eu te amo! – escorreu uma lágrima no seu rosto.
    Enxuguei-a. Depois ela se levantou e saiu correndo chorando de volta para casa.
    Fiquei paralisado, enquanto via a linda Zoe se distanciando, sua saia balançando enquanto corria. Pensei sem parar nas suas últimas palavras: “Eu te amo”.
    Seria verdade? Ela não brincaria com uma coisa dessas. No final, eu estava impressionado. Não só com o que ela dissera, mas também com o que havia acabado de acontecer.
    E como ela era linda…
    Os garotos continuavam a jogar bola na quadra.
    Me perguntei: será que eu estava me apaixonando por duas garotas ao mesmo tempo?
    Mas não tinha mais tempo para pensar nisso, tinha de voltar para casa, pois já era cinco e meia. Como o tempo passa rápido quando estamos felizes!
    Voltei para casa.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Capítulo 6 - Compras no Centro da Cidade - Parte Única


    Cheguei em casa.
    Minha mãe não estava fazendo o almoço. Estranhei.
    - Mãe! – chamei.
    - Oi, filho – ela gritou em alguma parte lá de cima. – Estou aqui, me arrumando.
    Me aliviei.
    Subi ao meu quarto e tirei o uniforme da escola. Vesti uma roupa de sair e desci. Minha mãe já me esperava na sala:
    - Vamos? – apressou ela.
    - Vamos.
    Caminhamos até o ponto de ônibus, que ficava no caminho que levava à minha escola, e paramos o ônibus que tinha o nome: CENTRO.
    - É esse – entramos.
    Já dentro do veículo, nos acomodamos nos lugares do fundo.
    - Está ansioso, filho? – ela me perguntou.
    - Estou – respondi, pensando no encontro com a Zoe.
    - Qual o problema?
    Eu não tinha coragem de responder. Eu queria muito ver Zoe, por isso torcia para voltarmos rápido. Mas não queria revelar nada à minha mãe.
    - Ér… nada – respondi.
    Minha mãe desconfiava da minha resposta. Estava claro.
    - Tem certeza?
    - Sim.
    O ônibus já tinha percorrido cerca de um quilômetro desde que saímos. Eu encostei a cabeça na janela, observando as ruas lá fora.
    Mas me surpreendi quando vi – ou acho que vi – o diretor da minha escola na calçada, olhando para mim, com seus malignos olhos vermelhos! Quase dei um salto, pois além do susto, senti algo estranho no meu corpo. Ele desapareceu assim que um carro ultrapassou o ônibus, tampando minha visão.
    - Que foi, Fubuki? – minha mãe perguntou.
    - Eu… eu… - gaguejei, não sabia o que responder – eu vi meu amigo, só isso – menti.
    Continuamos em silêncio.
    Eu fiquei pensando por que me sentia daquele jeito quando estava perto dele, ou perto de Yuuki, Riku ou dos três valentões. Era muito estranho. Era como se fosse uma energia me conectando a eles. Não sabia se era boa ou má, mas sabia que era diferente.
   
    Depois de meia hora finalmente chegamos.
    Entramos no supermercado que, na verdade, parecia um Hipermercado, pois era gigantesco. Nunca vira um daqueles antes, a não ser pela TV. Possuía milhares de metros quadrados. Isso a parte de fora, porque a de dentro parecia muito maior, como se fosse o maior estádio de futebol do mundo! Prateleiras de diversas coisas – doces, salgados, alimentos, bebidas, frutas, brinquedos, etc. – recheava o lugar. Muitos corredores, muitas lanchonetes, muitas pessoas… Eu quase me perdi dentro desse universo todo.
    Peguei um carrinho de supermercado e acompanhei minha mãe enquanto ela pegava as coisas que compraríamos. Passamos por vários lugares diferentes, como se cada um fosse um mundo. Os doces pareciam estar no mundo da fantasia, mas infelizmente não passamos por lá. Minha mãe disse que compraríamos apenas o necessário, o que provavelmente não seriam os salgados também.
    Em minutos nós já estávamos com o carrinho cheio – arroz, carne, frutas, bebidas, massas de bolo, etc.
    - Cansei – reclamou minha mãe, depois de pararmos um segundo.
    - Estou com fome – falei, colocando a mão sobre a barriga.
    Minha mãe olhou em direção a uma lanchonete, a mesma que eu observava durantes minutos:
    - Que tal? – ela perguntou.
    - Não precisa nem perguntar – respondi.
    Entramos no lugar, sentamos numa mesa, com o carrinho de compras ao lado, e vieram nos atender:
    - O que vocês querem? – perguntou uma linda garçonete, muito gentil.
    - Eu quero apenas um cheeseburger e algumas batatas fritas – respondi.
    - E você, senhora?
    - Pode ser apenas uma salada de frutas – respondeu minha mãe. Ela era do tipo de mulher que não gostava muito de frituras e guloseimas, pois sempre me dizia: “Isso faz mal para a saúde, Fubuki.”.  E mesmo assim ela me deixava livre para comer essas besteiras, mas sem exagero, é claro.
    A garçonete partiu com os pedidos.
    - Quero ficar linda pro seu pai, Fubuki – ela confessou.
    - Mas o que isso tem a ver com a comida?
    - Filho, não é isso. Eu estou dizendo que quero ficar bonita de verdade.
    - Tipo… hã, ir ao salão de beleza?
    - Isso.
    - Mas tem algum aqui por perto? – indaguei.
    - Então, eu queria te pedir isso. Já que estamos no centro de Tóquio, será que eu podia?…
    Eu sabia que pergunta ela iria fazer. Eu pensei em como chegaria a tempo para ver Zoe. Se fôssemos ao salão de beleza talvez chegaríamos em casa apenas de noite e, provavelmente, Zoe não ficaria lá no parque me esperando até lá. Mas apenas respondi:
    - Ah, claro que sim, mãe.
    - Muito obrigada, filho.
    Eu fiquei muito preocupado. Não queria decepcionar Zoe, nem decepcionar minha mãe. Mas a única saída era apenas esperar a sorte – o salão de beleza deveria estar vazio.
    Finalmente a garçonete chegou.
   
    Terminamos o lanche e pagamos a conta. Depois nos dirigimos ao caixa para pagar as compras.
    Chegando lá, encontramos filas enormes.
    - Vamos ter que enfrentar isso – observou minha mãe.
    - Sem problemas - eu tentava disfarçar meu desespero.
    Entramos em uma, onde ficamos cerca de vinte minutos.
    Depois de pagar tudo, pegamos as sacolas e saímos do hipermercado.
    Estávamos agora numa avenida muito movimentada.
    Ao lado do mercado havia muitas lojas, onde uma delas era um salão de beleza. Rumamos a ele.
    Ao entrar, vimos que estava muito cheio. Eu e minha mãe nos sentamos num dos bancos do lugar e aguardamos pacientemente por cerca de uma hora, até chegar a vez dela.
    Minha mãe foi atendida enquanto eu continuava sentado lendo uma revista - para ver se o tempo passava mais depressa. Olhei a hora e vi que já eram três e meia da tarde. Será que daria tempo de eu chegar ao parque para me encontrar com a Zoe? Torci muito para isso.
    Tic-tac, tic-tac, tic-tac. O tempo ia passando e eu ia ficando cada vez mais nervoso.
    Até que, finalmente, depois de vinte e tantos minutos, minha mãe já estava pronta. Ela havia arrumado o cabelo, feito as unhas dos pés e das mãos e colocado maquiagem. Ela estava simplesmente linda.
    - Nossa, mãe – falei, surpreso. – Você ficou incrível.
    - Obrigada, filho – ela respondeu, muito agradecida.
    Eu também fiquei impressionado com a rapidez das cabeleireiras, manicures e pedicures, pois normalmente esse tratamento de beleza duraria mais de uma hora.  
    Minha mãe pagou o salão e saímos.
    Ela percebeu que eu estava apressado, então andou no meu ritmo.
    - Eu sabia! – ela me zombou – Parece que alguém aqui tem um encontro.
    - Eu? – gaguejei, sabendo que já estava vermelho.
    Fomos até o ponto de ônibus, até pararmos um, que tinha o nome do nosso bairro.
    Entramos.

    Olhei a hora. Quatro e doze. “Bom, se tudo ocorrer normalmente eu chegarei na hora certa”, pensei.
    Mas infelizmente não deu tudo certo. O trânsito estava praticamente parado. Não havia meio de continuar sem bater nos outros carros. Suspirei.
    - Ela é bonita? – perguntou Sanae.
    - Mãe! – reclamei.
    - Ah, sim, filho. Me desculpa.
    Me aliviei quando ela pediu desculpas. Ela provavelmente iria parar de me fazer essas perguntas, mas:
    - Você vai me apresentar ela, não vai?
    - Ela quem? – respondi – Não tenho nenhum encontro marcado com nenhuma namorada, se é isso que você quer saber!
    De certo modo era verdade. Primeiro que Zoe não era minha namorada. Depois que não era bem um encontro. Era parecido, mas não era um encontro.
    Finalmente o ônibus voltou a andar, o que me aliviou.
    Passamos por avenidas muito movimentadas, apesar de não haver mais trânsitos. Passamos por campos de futebol, por algumas pontes, pela represa da cidade e, finalmente, chegamos ao nosso bairro.
    - Bem na hora! – deixei escapar um alívio. Já estava perto das quatro e meia.
    - Hora de quê? – indagou minha mãe, curiosa.
    - É… hora de jogar… hã, futebol com os meus amigos – menti.
    - Ah – ela, surpreendentemente, acreditou nessa versão.
    O ônibus parou e saímos.
    Voltamos para casa.
    - Cansei – reclamou minha mãe, entrando e desabando no sofá com as sacolas.
    - Bom, agora vou tomar um banho – falou ela.
    - E eu vou jogar futebol com uns amigos – menti.
    - Está bem, mas volte antes das seis, hein?
    - Pode deixar, mãe – respondi, apressado.
    Saí de casa e fui direto ao parque do meu bairro.
    Eu estava com uma dúvida: Zoe ainda estaria lá, me esperando? Nem sei se ao menos ela iria ao nosso “encontro”. Mas eu ainda tinha esperanças.
    Andei.

    Passou um longo dia. Mas ainda havia o encontro com a Zoe. E agora, o que acontecerá? Chegarei a tempo? Ou simplesmente ela não estará lá? Descubra no próximo capítulo de “O Caçador de Vampiros”.
    Você não pode perder!

    Acompanhem^^

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Capítulo 5 - Montando o Time do Campeonato - 3ª Parte


    Depois veio a terceira aula e, por fim, o intervalo.
    Descemos.
    Natsuno, Joe, Yuuki e eu nos sentamos numa mesa perto da cantina.
    - Por que você agiu daquele jeito? – perguntei ao Natsuno.
    - Você não entende, Fubuki – ele respondeu, sem dar importância à minha pergunta.
    - E por que não?
    - Tá legal, vou responder.
    - Estou esperando.
    Natsuno disse lentamente:
    - Ele é um nerd.
    Apesar de eu já saber de sua resposta antes mesmo que ele a dissesse me impressionou sua atitude.
    - O que isso tem a ver? Ele é um ser humano como todos nós!
    - Os nerds não jogam bola – Natsuno estava impaciente. – Resumindo: eles servem apenas para estudar e para esses jogos de raciocínio.
    - Isso é preconceito.
    - Isso é a realidade – replicou ele.
    Olhei para Joe e Yuuki. Os dois não haviam falado nada até agora, mas senti que Yuuki estava do meu lado e Joe no de Natsuno.
    - Natsuno – iniciei –, você não sabe o que Kai está sentindo.
    - E você sabe?
    Fiquei triste. Na verdade eu sabia, e muito bem. Kai se sentia sozinho, sem companhia, sem amigos. O caso dele era pior que o meu, pois eu tinha Natsuno, Joe e Yuuki.
    - A solidão é o pior sentimento que existe – respondi. – Você não sabe como é porque tem muitos amigos. Mas Kai não. Imagine um mundo onde você não tem ninguém por perto, um mundo onde você é zombado o tempo todo, excluído o tempo todo!
    Percebi que a expressão no rosto de Natsuno mudara. Ele finalmente estava refletindo sobre sua atitude. Só não entendi por que ele percebeu que estava errado tão rápido.
    - Prometo que pedirei desculpas a ele – afirmou. – Você tem toda razão. Não sei exatamente o que o Kai sente, mas pelo menos tenho uma ideia.
    Eu estava orgulhoso. Não só de mim, mas dele também.
    Comemos o resto do lanche em silencio, e percebi que Natsuno estava, agora, triste.
    Bateu o sinal e voltamos para a sala.
    Lá vi Natsuno pedir desculpas a Kai, e Kai aceitando. Natsuno voltou ao seu lugar, onde ficou lá até a hora da saída, sem ao menos dizer mais nada. Eu até tentava puxar assunto, mas ele evitava falar.
    Já era hora de voltarmos para casa.
    Natsuno não nos esperou. Por algum motivo senti que ele queria ficar sozinho, então não o chamei.
    - O que houve com ele? – perguntei a Joe e Yuuki, que desciam comigo.
    - Natsuno nunca te contou sua história? – indagou Yuuki.
    - Ele apenas disse que seu pai é policial e que mora com a avó. Por quê?
    A expressão no rosto de Yuuki também mudou, enquanto ele respondia:
    - Natsuno também se sente sozinho.  
    Estranhei:
    - Se sente sozinho? Mas ele é sempre um cara alegre, de bom humor…
    - Ele perdeu a mãe quando tinha três anos - Yuuki me interrompeu -, e o pai só pensa no trabalho. Por isso ele mora com a avó, num lugar muito vazio, por sinal.
    Foi aí que finalmente entendi. Não sabia disso, Natsuno não me contara. De alguma forma eu sabia como ele se sentia. Não é fácil viver sem a mãe e sem o pai por perto, eu tinha certeza disso. Foi então que me lembrei do meu pesadelo. Aquele pesadelo horrível, onde eu era excluído pelos meus pais.
    Despedi-me de Yuuki e Joe.
   
    No caminho para casa começou a cair lágrimas dos meus olhos, enquanto eu me lembrava do meu pesadelo, onde eu matara meus pais de ódio por eles me excluírem. Eu sei que era apenas um pesadelo, mas até agora não acreditava nisso. Como eu poderia fazer aquilo, uma coisa tão horrível? Ainda mais com os meus pais, quem eu amo muito. Mas o importante é que aquilo tudo não era real.
    Mudei meus pensamentos para Natsuno. Não sabia que ele perdera a mãe. Ele me parecia um cara tão de bom humor… Mas na verdade ele também se sentia sozinho, assim como eu. Se ter pesadelos sobre a morte dos pais já era ruim, imagine perdê-los de verdade. Eu não saberia o que fazer se perdesse a minha mãe.
    Lembrei também de Riku.
    Joe me falara que ele perdeu os pais recentemente. No começo eu nem liguei muito, mas refletindo melhor eu começo a ter pena dele.
    No final das contas percebi que não sou o único que me sinto solitário. Kai, Natsuno e Riku também se sentem como eu. E há também aquela menina que vi no parque ontem: a Zoe.
    Prometi a ela que nos veríamos hoje. E, não sei por que, estou muito ansioso para isso. Quando fico perto dela eu sinto algo diferente dentro de mim, quase a mesma coisa que sinto quando estou perto da Shimizu. As duas eram muito lindas, e ambas tinham um jeito mágico de me deixar fascinado, de me deixar muito fascinado. Aquele encanto… Eu estaria apaixonado pelas duas?! Não, não. Apesar de tudo eu sabia que o que sentia pela Shimizu era mais forte. Mas de uma maneira ou de outra eu estava indeciso quanto a isso. Isso é uma prova de que a vida de uma pessoa não é nada fácil.
    Foi aí que me lembrei: como eu me encontraria com Zoe sendo que… marquei com a minha mãe para irmos fazer compras? Oh, meu Deus. Que vida complicada!
    Continuei meu caminho, rumando à minha casa, tentando achar uma solução para esse problema.
   
   
    Coitado do Natsuno! Não sabia sobre a sua história. Mas e o encontro com a Zoe? Como eu resolverei esse problema? Chegarei a tempo, ou desapontarei a recém-conhecida minha? Descubra no próximo capítulo de “O Caçador de Vampiros”.
    Você não pode perder!

    Acompanhem^^

Capítulo 5 - Montando o Time do Campeonato - 2ª Parte


    Tinha acabado a primeira aula, quando a senhorita Kobi apareceu na sala, assustando a todos com a sua aparência horrível.
    - Aula vaga! – avisou, com seu tom ignorante.
    Todos pularam de alegria e fizeram bastante barulho.
    Kobi ficou terrivelmente furiosa:
    - SILÊNCIO!!! – gritou; imediatamente, a sala estava quieta. Todos assustados e com medo. – Assim é melhor!
    Então a velha rabugenta saiu.
    Um grupo de meninos se reuniu no fundo da sala, enquanto outro, mas de meninas, se reunia em outra parte.
    - Vamos montar nosso time – falou Masao, líder do grupo dos populares.
    - Mas um time forte – lembrou outro garoto –, eu vi que as outras salas não estão para brincadeira não!
    - Nós precisaremos de pelo menos vinte e três meninos na primeira fase – acrescentou Natsuno. - Assim nossos treinos coletivos serão mais normais e também no caso de algum jogador se machucar.
    Todos concordaram.  
    Eu era o único que não falara nada ainda.
    - 1, 2, 3, 4,… - contou Masao, para ver quantos tinham no grupo.
    Ele não contou comigo, o que me deixou frustrado.
    No final deu exatamente 19 garotos.
    - Precisamos de mais quatro pessoas – falou Yuuki.
    - Mas quem? – questionou um menino baixinho.
    Natsuno olhou para mim, como se quisesse me dizer: “Peça para eles te aceitarem no time.” Eu entendi a mensagem e falei ao grupo:
    - Eu quero fazer parte desse time.
    Todos olharam para mim. Pensei que iam me dizer um NÃO bem grande, mas apenas recebi um:
    - Está bem.
    Quase não acreditei, pois eu não fizera amizade com ninguém dali, nem mesmo falava com eles.
    - Você joga em que posição? – perguntou Masao, com seu tom arrogante.
    - Eu… - gaguejei – sou… é… meio-campo. Eu sou um meia-atacante, aquele que auxilia o ataque o tempo todo.
    Ninguém ligou muito para a minha resposta.
    - Agora precisamos de mais três pessoas – lembrou alguém.
    - Ah – lembrou-se o baixinho –, o Tashima disse para não se esquecerem dele.
    Tashima era o cara que havia faltado. Nunca reparei nele, mas Natsuno me contara que era um ótimo lateral esquerdo.
    - Eu também vou – disse alguém que estava fora do grupo.
    Eu me surpreendi quando vi que era Riku, que ainda estava no lugar dele, no fundo da minha fileira. Todos assentiram, surpresos. Riku era aquele tipo de cara que não é de fazer amigos, mas, de alguma forma, era respeitado.
    Ele não falou mais nada, apenas ficou olhando para o lado de fora pela janela, com seu rosto sem expressão.
    - Já temos vinte e dois – observou um garoto.
    - Está faltando apenas uma pessoa – concordou outro.
    - Mas quem?
    Olhamos em volta da sala, mas não havia mais ninguém. Todos já tinham seus grupos, a não ser um garoto que estava mexendo no celular. Mas ignoraram.
    - Vamos chamá-lo – sugeri.
    O grupo inteiro – menos Yuuki – olhou para mim com cara de: “Você está falando sério?”.
    - Que foi? – perguntei – Isso foi apenas um palpite.
    - Por que chamaríamos um nerd? – advertiu Masao.
    - Qual o problema? – protestei.
    - Qual o problema? – repetiu Masao – Ele é o problema!
    - Masao tem razão – concordou Natsuno. – Ele – apontou para Kai (o nerd), que nem prestava atenção em nós – não ajudará nosso time.
    Eu não acreditava que Natsuno poderia dizer aquilo. Logo o Natsuno?
    - Vocês estão o deixando de fora só porque ele é muito tímido – repliquei.
    - Fubuki tem toda razão – concordou Yuuki –, todos daqui, creio eu, nunca viu o Kai jogar futebol.
    Todos ficaram pensativos, sem palavras.
    - Vocês dois tem razão – admitiu Masao, quebrando o silêncio. – Quem sabe ele nos ajude – ironizou.
    Os outros ficaram surpresos com a atitude dele. Mas apenas tiveram que assentir.
    Fiquei feliz. Consegui colocar Kai no time. Mas agora só havia um problema a se resolver: ele aceitaria?
    Masao o chamou:
    - Ei, Kai. Vem assinar a lista.
    Kai se mostrou surpreso:
    - Eu? – perguntou timidamente, guardando o celular num dos bolsos de sua calça. – É alguma pegadinha?
    - Não – falei –, queremos você aqui.
    - Mas por que iriam querer alguém como eu?… – gaguejou.
    - Você vem ou não? – apressou Natsuno olhando para o garoto ironicamente.
    - Eu… hã… preciso pensar.
    Vi que ele estava inseguro de si. Kai não tinha coragem de responder, como se estivesse com medo de ser zombado. Era pressão demais para ele.
    - Está bem – falei afinal, tentando ajudá-lo a não ficar nervoso.
    - Amanhã você nos dá sua resposta – completou Masao.
    O restante assinou a lista. Só faltava Kai e o Tashima, que faltou.
    Depois voltamos para nossos lugares.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Capítulo 5 - Montando o Time do Campeonato - 1ª Parte


    Acordei com uma fraca dor de cabeça. Era a primeira vez, desde quando me mudei para cá, que tive uma noite normal… ou pelo menos achava até que minha mãe perguntou, quando já estávamos na cozinha:
    - Se acalmou depois do pesadelo de ontem, filho?
    Eu simplesmente não me lembrava de nada, apenas que fui para o meu quarto e dormi. Será que havia acontecido alguma coisa fora do normal na noite passada?
    - Ah, sim. Já estou calmo, mãe – respondi. – Meu pai chegará que horas hoje?
    - Lá para as sete.
    Terminamos de tomar o café e eu fui para a escola.

    Encontrei-me com Natsuno, Joe e Yuuki no campus da escola Matsumoto. Nos cumprimentamos e entramos.
    Quando estávamos no pátio principal do colégio, vimos um anúncio na parede, perto da escada:

48° CAMPEONATO DE ESPORTES MATSUMOTO

INÍCIO: 15 DE MAIO

OBS: TODOS OS ALUNOS QUE IRÃO PARTICIPAR DO EVENTO DEVERÃO COMPARECER AO GINÁSIO AMANHÃ ÀS 12h30 PARA AS INSCRIÇÕES.

A DIREÇÃO

    - Eu estou muito ansioso para o começo do campeonato – confessou Natsuno.
    - É campeonato de quê? – perguntei.
    - Cada sala é um time – explicou Yuuki. – Não só um, mas podemos montar de várias modalidades diferentes ao mesmo tempo – afirmou. Depois acrescentou: - Por exemplo: vinte garotos da nossa sala decidem montar um time de futebol, enquanto dez meninas decidem montar outro de handebol; outra pequena parte de xadrez, e/ou basquete, atletismo, tae-kwon-do, etc.
    - Entendi.
    - Ah – lembrou Joe -, você pode, também, participar de duas modalidades diferentes ao mesmo tempo… Mas só duas.
    - E as salas campeãs das modalidades representarão nossa escola no campeonato estadual de escolas – inseriu Natsuno.  
    - Que legal – admiti.
    Mas, na verdade, eu não estava nem um pouco entusiasmado. Não tinha amizade com ninguém na sala, a não ser Natsuno, Yuuki, Joe e Shimizu. Eu poderia me inscrever pelo menos no xadrez, pois não precisava de equipe.
    - Não se preocupe, Fubuki – falou Natsuno -, você não vai ficar sozinho nessa. Te chamaremos para fazer parte do nosso time de futebol.
    Eu adorava futebol, e até sou bom jogando. Mas foi Natsuno quem me chamou, e não os outros garotos.
    Respondi:
    - Sem problemas, Natsuno – fomos para a sala.
    Chegando lá meu coração começou a bater mais forte, pois Shimizu estava lá.
    Como era linda… Cada dia mais linda – o que era impossível!
    Fui cumprimentá-la, enquanto meus três companheiros iam aos seus lugares.
    - Você vai participar do evento da escola? – perguntei, ficando vermelho.
    - Vou – ela confirmou, também com muita vergonha –, jogarei no time de handebol das meninas. E você?
    - Não sei ainda. Talvez eu jogue no futebol.
    - Pelo menos você sabe chutar a bola? – ela brincou.
    - Se for uma redonda… - caímos na gargalhada.
    Meu coração batia tão forte que parecia que eu ia morrer de tanta adrenalina. Toda vez que chegava perto dela eu sentia a mesma coisa. Era uma sensação tão boa e agradável… Então entendi como é se apaixonar. Só me restava saber… se Shimizu também sentia algo por mim.
    O professor chegou na sala:
    - Até mais – me despedi, indo para o meu lugar.
    - Até.
    Então eu fui.
    Chegando na minha carteira encontrei Natsuno, que olhou para mim, com um sorriso irônico no rosto.
    - Que foi? – perguntei.
    - Nada…
    Percebi que ele estava querendo me zombar, mas ignorei.