Enquanto estava no banho fiquei pensando na Zoe.
Havíamos nos beijado, o que me deixou impressionado. Como seu beijo era bom, pois conseguiu me encantar. Não era um simples beijo, eu sabia disso. O que era então? Não sei. Suas últimas palavras passavam pela minha cabeça, sem parar: “Eu te amo”. De alguma forma eu estava surpreso, não só com a sua declaração, mas como eu me senti depois disso. Parecia paixão. Mas será que existe isso, duas paixões ao mesmo tempo? De alguma forma eu sabia que Shimizu me despertava um sentimento mais forte. Mas Zoe era muito especial, como se ela fosse um amor de outra vida, da vida passada.
Era coisa demais para a minha cabeça. Então parei de pensar nisso.
Terminei o banho e me sequei. Depois vesti minha roupa e desci.
Minha mãe tinha acabado de fazer o jantar, que estava com um cheiro ótimo.
Fui à cozinha.
Vi que ela estava incrivelmente linda. Minha mãe era bonita, mas como não se arrumava frequentemente nem despertava a atenção dos outros homens. Mas agora…
- Como foi seu encontro? – ela me perguntou.
- Mãe!
- Que foi, Fubuki?
- Eu já lhe disse que não foi nenhum encontro! – menti, porque agora realmente era um encontro.
- Isso é normal na sua idade, filho – ela afirmou, enquanto preparava a mesa.
- Mas…
Antes que eu pudesse terminar meu protesto a campainha soou: Ding-dong!
- É ele! – gritou minha mãe.
Fui abrir a porta.
Era o meu pai, Tony – um homem alto, musculoso, cabelos grisalhos, barba bem feita e de pele um pouco escura, assim como a de Zoe.
Zoe de novo passou pela minha cabeça...
- Pai! – eu o abracei.
- Como vai meu garotão? – me perguntou, com seu ótimo humor – Como você cresceu, hein Fubuki!
- Mas faz apenas um mês que não nos vemos – brinquei.
Minha mãe apareceu de repente, também o abraçando e lhe dando um beijo.
Quando finalmente o soltou:
- Como você está linda, Sanae – surpreendeu-se meu pai.
- Ah… - ela ficou vermelha. Percebi que a minha mãe estava muito feliz, então fiquei mais feliz ainda.
- Ela ficou muito ansiosa por você, papai – informei.
- Filho!
- Que foi, mãe? Não é verdade?
Meu pai deu uma risada e fomos para a cozinha.
Era muita alegria ter o meu pai por perto!
Jantamos, conversamos sobre o dia-a-dia, brincamos de mímica e assistimos um pouco de TV, isso em apenas uma noite! Quando já eram quase dez da noite, todos fomos aos nossos quartos: minha mãe e meu pai ao de casal e eu ao meu, claro.
Dormi.
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