quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Capítulo 7 - Tentação Dupla - 3ª Parte


    Eu estava num ônibus, ao lado da minha mãe e do meu pai, no fundo. Olhei para frente e, surpreendentemente, o diretor da minha escola estava no banco da frente, ao lado do professor de História. Havia mais algumas outras pessoas. Olhei para o lado de fora pela janela e vi os três valentões da escola olhando para mim. Ao lado, Riku e Yuuki. Estranhei.
    Voltei a olhar para o meu lado, minha mãe e meu pai. Foi aí que percebi que, ao lado deles, Shimizu e Zoe estavam sentadas lado a lado. Ninguém falava absolutamente nada, como se fossem múmias, apenas olhando para frente.
    De repente, o ônibus derrapou, perdendo o controle, até começar a capotar e a cambalear! Todos se feriam, menos eu. Parecia que eu estava num daqueles brinquedos do Playcenter. Quando o ônibus parou a destruição, suspirei. Mas depois percebi que todos ao meu lado estavam mortos, com seus olhos abertos e suas bocas espirrando sangue.
    Senti um aperto no peito.
    O ônibus estava de barriga para cima.
    Olhei para frente, onde o diretor e o professor olhavam para mim, com seus olhos vermelhos. Eles eram os únicos vivos além de mim. Meu coração começou a bater mais forte. Eles estavam engatinhando em minha direção! Ambos pareciam demoníacos ou algo do tipo. Tentei sair, mas alguma coisa me prendia. Comecei a ouvir vozes: “Corre, Fubuki!”. Era Natsuno, gritando de algum lugar. “Você consegue, rápido!”, agora era Joe. O diretor e o professor estavam cada vez mais perto! Três metros, dois metros, um metro! Quando se preparavam para me dar uma mordida… acordei.
    Dei um salto quase que mortal ao chão. Estava meio tonto pelo pulo, mas consegui ver alguém no meu quarto.
    - Fubuki! – meu pai gritava, entrando no corredor, chegando perto do meu quarto.
    Eu não conseguia ver muita coisa, mas sabia que era um homem. Ele pulou da janela para o lado de fora como se fosse uma sombra. Fui atrás, já voltando ao normal. Eu sei que estava no piso superior, mas sou bom atleta, e adrenalina é a minha paixão. Alias, o chão lá embaixo era gramado, que amortece a queda. Aterrissei, e corri atrás do indivíduo, que estava correndo em direção à floresta. Meu pai apareceu na janela do meu quarto. Quando me viu seguindo o homem misterioso pulou e nos seguiu. Minha mãe estava preocupada conosco, sem entender nada, ainda em casa.
    Eu estava correndo atrás daquele cara, já recuperando por completo a visão. Senti que era ele quem me vigiava todos os dias. Meu pai estava logo atrás, me chamando. Mas eu ignorava, pensando apenas em seguir aquele homem. Eu corria, corria, corria. Estava a apenas alguns metros dele, não podia desistir. A floresta estava escura, mas eu – não sei por que – conseguia enxergar claramente. Era o diretor da escola Matsumoto!
    Meu pai também era muito veloz, e estava nos alcançando. Já estávamos a, pelo menos, 300 metros de casa. Era uma madrugada de calor, uma ótima hora para esportes. Quanto mais entrávamos na floresta, mais assustador o lugar ficava. Quando eu já estava a alguns metros do indivíduo, pulei em seu corpo, assim o derrubando. Estava confirmado: era o diretor.
    - Te peguei! –gritei.
    - Me solta! – gritava ele, com sua voz fundida a outra metálica, como se fosse um uníssono.
    Ele se virou.
    Então vi seus olhos. Estavam profundamente vermelhos.
    Sua força era tanta que ele se levantou, assim me derrubando.
    - Háháháhá – ele gargalhou. – Pensou que ia me capturar tão fácil assim?
    - Mas… mas… O que você é?
    - Não pude controlar minha tentação… - respondeu ele. – Quero você!
    Imediatamente ele abriu sua boca – dentes que realmente eram presas, como os de vampiros – e saltou na minha direção, tentando me dar uma mordida. Quando fechei os olhos de medo…
    - AAAAAAAAARGH!!!!! - o diretor gritou de dor.
    Voltei a abrir meus olhos. Ele estava no chão partido ao meio, e perto dele muito sangue escuro!
    - Hã? – me perguntei, apavorado. Olhei para o lado, e lá estava meu pai, segurando uma espada ensangüentada.
    - Percebi que você precisava da minha ajuda, filho – ele me disse, baixando ela.
    Fiquei sem entender nada.
    - É… - gaguejei, ainda muito assustado e surpreso com tudo aquilo – Pai, poderia… hã, me explicar o que está acontecendo aqui?

    Beijei Zoe! Mas aconteceu uma coisa estranha: o diretor da minha escola era um vampiro! E como meu pai explicará isso? Aliás, ele me salvou com uma espadada no inimigo. E era a lendária Ko-Kyuketsuki! Onde ele a conseguiu? E como? Descubra nos próximos capítulos de “O Caçador de Vampiros”.
    Você não pode perder!

    Acompanhem ^^

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