Segui rumo à escola, onde me encontraria com a Shimizu. Enquanto eu andava, tentava imaginar como ela estaria, qual roupa estaria usando. Ao mesmo tempo torcia para nada dar errado – nenhum vampiro aparecer e me atacar. Aquela noite era a noite. Não apenas um encontro, mas um encontro com a Shimizu. Com certeza seria um sábado decisivo na minha vida e, aquele encontro, eu não queria perder por nada nesse mundo.
Eu já estava quase na metade do caminho, e ainda tinha tempo de sobra para chegar ao ponto de encontro. Marcamos para as cinco, e ainda eram quatro e meia. Será que era exagero meu sair de casa muito cedo? Bom, é o entusiasmo. A amo, fazer o quê.
Senti um arrepio.
Meu coração disparou, e percebi presenças estranhas. O mais incrível era que eu estava bem na entrada da floresta, onde dias atrás vira alguém me vigiando. Algo iria acontecer, e eu sabia.
- Aonde pensa que vai? – me perguntou a voz de alguém; levei um susto, porque ela soava bem ao meu ouvido. Olhei para trás e vi dois homens estranhos, cujos olhos tinham um brilho intenso vermelho. Eles imediatamente mostraram seus dentes: eram vampiros!
- Droga! – exclamei; só havia nós na rua.
- Parece que não gostou da nossa visita – ironizou o outro.
Olhei para frente e me deparei com outros três.
- Estou cercado – percebi.
Os três também mostraram seus dentes, e me atacaram.
Desviei, porém fui acertado por um golpe de um dos vampiros que estavam atrás de mim. Caí e rapidamente me levantei.
- O que vocês querem? – perguntei; era uma pergunta meio imbecil naquele momento, mas não pude controlar.
- Você.
Eu não podia lutar contra cinco vampiros ao mesmo tempo, então só tinha uma escolha.
- Eu? Por quê?
- Você faz muitas perguntas, garoto – disse o que me acertara.
- Vamos pegá-lo logo! – gritou outro.
- Ninguém vai me pegar! – exclamei. Os cinco correram na minha direção com golpes e logo saquei meu anel-espada. Desviei de todos os golpes, mas quando fui contra-atacar fui surpreendido por uma rasteira. Cai, e todos me atacaram. Porém…
- HÁÁÁÁ!!!! – gritou uma voz muito conhecida: esta pessoa chegou dando um soco em um, um chute em outro e derrubando outros três com uma rasteira. Os cinco vampiros estavam no chão.
- Natsuno? – estranhei.
- E aí Fubuki, vai ficar aí no chão mesmo? – me levantei. Os cinco vampiros já estavam de pé, e nos atacaram.
- Vamos sair daqui! – gritei.
Sem perder tempo corremos para a floresta, com os vampiros atrás aparentemente sedentos de sangue! Passamos pelo velho portão e adentramos na escuridão assustadora.
- Eles são muitos – expliquei. – Não podemos contra eles.
A floresta era muito assustadora, com seus troncos estranhos e enormes. Sem falar que já estava escurecendo. Corríamos sem rumo desviando das árvores, com os cinco vampiros nos perseguindo.
- O encontro! – lembrei.
- Fubuki, acho que não é hora para falar de encontros agora. Cara, vamos ser devorados por vampiros!
Natsuno estava certo na primeira parte, mas o problema era que o encontro seria com a Shimizu. Nunca mais ela vai querer olhar na minha cara! Mas outra coisa me perturbava:
- Natsuno, o que você fazia por aqui?
- Recebi um recado de que vampiros iriam te atacar.
- De quem?
- Riku.
- Riku? – estranhei. Corríamos a toda velocidade pela floresta, sem poder lutar. Se continuássemos naquele ritmo talvez até sairíamos da cidade!
- Fubuki, não podemos fugir a noite toda – falou Natsuno.
- Eu sei, temos que lutar. – Natsuno olhou para trás, e avisou:
- Nunca os ataque pela frente. Vampiros têm uma agilidade impressionante. As árvores podem servir de grande ajuda para nós, porém também podem ser obstáculos. Sua espada tem o poder do fogo, e a minha do relâmpago. Ou seja: use todo seu poder concentrado nela, assim a deixando ainda mais forte e útil. Ah, e lembre-se: procure sempre atacá-los no peito.
Paramos e nos escondemos atrás de uma árvore. Os vampiros também pararam. Já estava escuro, e eles não sabiam onde estávamos escondidos. Porém percebi os cincos nos farejando. O anel roxo e dourado do Natsuno estava se transformando em sua espada.
- Ali! – gritou um deles apontando para atrás de uma árvore perto de nós. Não entendi bem. Os vampiros foram até o lugar (uma árvore que estava na frente da árvore que estávamos escondidos) e encontraram um pano. Pegaram o pano e farejaram.
- Nos enganaram.
Agora eu entendia tudo: Natsuno deixara o pano lá para confundi-los.
Ele olhou para mim e disse:
- Agora – atacamos dois dos vampiros acertando-os no peito com nossas espadas; eles imediatamente viraram pó. Os outros três ficaram furiosos.
- Menos dois – disse eu, já me preparando para a luta.
- Quem vai ser o próximo? – ironizou Natsuno.
Os vampiros rosnaram.
Natsuno e eu já estávamos prontos para atacar, quando um dos vampiros disse olhando diretamente para mim:
- Seus pesadelos estão apenas começando – e correu com os outros dois. Estranhei, mas não perdi tempo e os segui.
- Ah não, vocês não vão fugir desse jeito!
- Fubuki! – gritou Natsuno, ficando para trás. Mas, sem escolha, ele também nos seguiu. Enfim, agora éramos nós que estávamos correndo atrás dos vampiros, rumo ao lugar por onde entramos na floresta.
- Fubuki, acalme-se – pediu Natsuno; mas minha vontade falava mais alto. Eu queria saber o que aquele vampiro queria dizer com “Seus pesadelos estão apenas começando”. Me lembrou o recado daquele motoqueiro, no centro da cidade.
Os vampiros fugiam sem olhar para trás, até que me surpreenderam: pararam e ficaram nos esperando. Eu já tinha minha espada empunhada, e também parei. Logo Natsuno chegou até nós. Éramos nós dois contra os três vampiros.
- Vocês querem mesmo morrer? – perguntou um dos inimigos.
- Por que vocês estão atacando o Fubuki? – indagou Natsuno; os vampiros responderam soltando uma gargalhada horrível e muito assustadora.
- Vou acabar com vocês, seus otários! – avisei.
- Será? – ironizou outro vampiro. De repente, de trás das árvores e da escuridão, vários vampiros surgiram. Não sei de onde saiu tantos assim, mas percebi que era uma armadilha.
- Nossa – me impressionei, de boca aberta.
Olhei para o rosto de Natsuno, e vi uma expressão de muito horror.
- De novo não – disse ele, tremendo.
- Olha lá – disse um dos vampiros que surgira, apontando para Natsuno –, não é aquele garoto que sobreviveu da nossa ultima armadilha?
Estranhei.
- Ultima armadilha? – perguntei a Natsuno; mas agora saiam lágrimas de seus olhos. Então lembrei.
- Seu desgraçado! – ele gritou. Pensei que Natsuno ia atacá-lo, mas ele parecia imóvel, como se soubesse a força do inimigo.
Eram aproximadamente dez vampiros, fora os três que me atacara. Todos preparados para nos atacar, quando:
- Parece que a diversão começou – disse alguém atrás de mim –, mas não me chamaram.
- Riku? – perguntei.
Era Riku, em carne e osso, bem atrás de nós com a sua espada Takohyusei prata em mãos.
- Parece que isso pertence a vocês – disse ele, jogando dois potes cristalinos vermelhos cheios de pó - eu estava surpreso e, bem no fundo, feliz. Mas sabia que aquela batalha não seria nada fácil.
Riku aparece! Muito mais vantagem para nós. Mas por que ele nos ajuda? E como será a luta? Venceremos os vampiros facilmente? Ou... morreremos em batalha? Descubra no próximo capítulo de "O Caçador de Vampiros".
Você não pode perder!
Acompanhem ^^
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