quinta-feira, 20 de junho de 2013

Capítulo 19 - Natsuno Explica - 3ª Parte


    Assim que cheguei subi ao meu quarto.
    Tomei um banho e me vesti. Depois desci para a sala, onde minha mãe estava assistindo.
    Sentei-me num sofá, e ela estava deitada no outro.
    - Fubuki – disse ela –, seu tio Michael passará umas semanas conosco.
    - O tio Michael? – perguntei. – Por quê?
    Meu tio Michael era muito legal, irmão de consideração da minha mãe. Como vocês sabem, ela é adotada. Os pais adotivos da minha mãe já tinham Michael como filho biológico quando a adotaram. Ele é cinco anos mais velho que ela, mas minha mãe é, claramente, muito mais madura que ele.
    Antes de vir para Tóquio, eu morava em Okinawa com a minha mãe. Morávamos bem ao lado dos meus avós, e meu tio Michael morava com eles. Por isso estranhei a notícia da minha mãe.
    - Mãe, o tio Michael foi expulso de casa? - estranhei.
    - Claro que não, filho – respondeu ela, rindo. – Ele está prestes a se casar, e está procurando um lugar para morar aqui em Tóquio.
    - Meu tio vai se casar?
    - Vai sim. Parece que ele conheceu a moça por acidente, e os dois se apaixonaram à primeira vista.
    Nunca imaginei que meu tio Michael fosse se casar um dia, pois ele é meio… irresponsável. Quando ficávamos juntos, na minha infância, brincávamos de muitas coisas. Ele tem um jeito moleque, apesar da idade. Mas sua aparência não demonstra nada da realidade, pois ele parece frágil, mas é faixa preta em Artes Marciais. Afinal, foi ele quem me ensinou tudo o que sei, e seu sonho é montar uma academia de Kung Fu.
    De qualquer modo eu estava feliz.
    - Quando ele vai vir?
    - Acho que semana que vem ou na outra.
    Depois disso, minha mãe preparou o jantar, jantamos e fui dormir.
    Na minha cama lembrei-me de uma coisa: não fui ao parque procurar por Zoe.
    Droga! Como isso foi acontecer?
    Sinto muitas saudades dela, e preciso vê-la.
    Mudei meus pensamentos para Riku.
    Ele mudara muito de ontem para hoje. Percebi que seus olhos não estavam mais cheios de raiva, e ele, aparentemente, tinha deixado de querer atacar Yuuki.
    Yuuki também estava muito estranho. Será que houve alguma coisa entre os dois?
    Acho que tem algo que não estou sabendo…
    Dormi.

    Eu estava num lugar, que parecia o nada. Tudo estava vermelho, com algumas névoas e estrelas brancas. O lugar me dava a sensação de estar num forno, e eu soava muito.
    Então vi a imagem da minha mãe.
    - Fubukiiiiii… - gritava ela com ecos, enquanto sua imagem se distanciava.
    - Mããããããããeee… - gritei.
    De repente uma voz, também produzindo ecos:
    - Vamos fazer um trato: sua mãe por você.
    Depois a de Natsuno (também com ecos) que parecia um pouco assustada:
    - Fubuki, o que está havendo com você?
    Agora aparecia a imagem da Shimizu assustada:
    - Fubuki, me ajuda!! – sua voz também com ecos.
    - Shimizu, não!
    Apareceu, depois da Shimizu, a imagem da Zoe, e ela dizendo:
    - Vou tentar rastreá-la – então ela fechou os olhos e começou a brilhar.
    Eu estava assustado, frente à imagem da Zoe, que brilhava muito. Depois ela desmaiou.
    - Zoe! – gritei, tentando segurá-la para impedir que caísse. Mas percebi que era apenas um espírito, pois ela atravessou meus braços. Então Zoe caiu no chão e desapareceu.
    Senti algo muito forte: tristeza.
    De repente apareceu a imagem do meu pai e do Natsuno se distanciando, ambos tristes:
    - Nãããããããããããããããããoooooo… - gritei.
    Então tudo apagou.
    Agora eu estava no completo escuro.
    - Fubuki – disse uma voz desconhecida, aparentemente de um homem de idade.
    - O quê? – perguntei.
    - Você pode salvá-los.
    Estranhei.
    - Posso? Mas como?
    - Basta aceitar o seu destino.
    - Que destino?
    - Você saberá...
    Então, de repente, as vozes dos meus pais, Shimizu, Zoe e Natsuno:
    - Fubuuukiiiiiiiiiiii… - todas juntas em eco.

    Acordei.
    Olhei para o lado de fora da janela e percebi que já era de manhã.
    - Fubuki! – gritou minha mãe, batendo na porta.
    - Hã? – perguntei. – Mãe?
    - Filho, você está atrasado! Tem de ir pra escola.
    Olhei a hora e vi que era verdade, não daria tempo nem de eu tomar café.
    Levantei rapidamente e abri a porta.
    Minha mãe perguntou:
    - Por que trancou a porta?
    Me estremeci por completo.
    - Eu não tranquei nada.
    O que havia acontecido?
 
    Que estranho! Não me lembro de ter trancado a porta! E aquele pesadelo, seria outra mensagem oculta? Por que era muito… assustador. Aquela voz… Sinto que já a ouvi antes, mas de onde? Oh meu Deus, como ser caçador é difícil. Quer ver o que vai acontecer daqui pra frente? Então descubra nos próximos capítulos de “O Caçador de Vampiros”.
    Você não pode perder!

    Acompanhem ^^

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