Me levantei, vesti meu uniforme e fui tomar o café da manhã. Minha mãe e Kaori estavam acordadas:
- Bom dia – falei às duas.
- Bom dia – responderam.
Depois fui para a escola, onde me encontrei com Natsuno, Riku, Yuuki e Joe no campus. Depois entramos, e fomos para nossas salas. Sentei na minha cadeira e fiquei esperando Shimizu. Nada de ela chegar. O professor entrou e fechou a porta, e eu fiquei decepcionado.
- Parece que ela não vem – comentou Natsuno.
Assenti, muito cabisbaixo.
Mas por que ela faltou?
Cheguei em casa e fui direto para a cozinha ansioso:
- Onde está o meu tio? – perguntei à minha mãe.
- Continua procurando uma casa, mas agora lá pro centro – minha mãe lavava a louça, conversando com Kaori, que secava.
- O almoço já está pronto – avisou minha nova tia.
Agradeci pelo aviso.
Me troquei em meu quarto e desci para almoçar.
Depois decidi ir ao parque.
Estava completamente deserto.
Sem garotos jogando bola, sem crianças nos diferentes brinquedos e nem sinal da Zoe. Mesmo assim sentei-me no banco de sempre. Tentei não pensar em Shimizu, mas não consegui. Muitos filmes passaram pela minha cabeça sem eu controlar. A primeira vez que a vi, quando ela me mostrou minha sala quando eu estava perdido na escola. Quando a salvei daqueles valentões e quando decidi convidá-la para ir ao cinema comigo. Mas o mais marcante foi o meu pedido de namoro... De onde eu tirara toda aquela coragem?
De repente, Zoe apareceu nos meus pensamentos, e a primeira lembrança que veio foi a gente se beijando. Aquele foi um momento inesquecível, e enquanto a beijava eu me sentia muito bem. Foi aí que percebi que o que eu sentia por ela estava aumentando, e isso me deixava com medo…
Eu estaria mesmo me apaixonando pelas duas?
Decidi ir embora.
Mas antes de seguir meu caminho, decidi ir até o rio onde eu treinara ontem, que ficava na floresta, não muito perto da minha casa. Provavelmente eu não treinaria hoje, pois Michael foi ao centro e chegaria exausto com certeza.
Entrei na floresta pela lateral de uma rua, pulando a cerca de arame que separava a calçada das árvores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário