No caminho, falei o que havia acontecido na floresta para o meu tio. No final ele disse:
- Aquilo era o segundo passo – imediatamente fiquei surpreso.
- Como assim? – perguntei.
- Veja este cachorro – meu tio me mostrou Billy. – Não percebeu que ele é parecido com o cachorro que te “atacou”?
Falando desse jeito, até que meu tio tinha razão. Como eu não havia percebido antes?
- Mas ele é muito menor que o outro – falei.
- Este cachorro é especial – replicou Michael. – O tamanho original dele é este mesmo, mas ele pode assumir a sua forma de ataque que, evidentemente, é a que você viu.
Eu estava espantado. Eu nunca imaginaria que aquele cachorrinho seria tão perigoso a ponto de me fazer correr (e olha que já lutei contra vários vampiros!)
- Mas não entendi o motivo do treino – lembrei.
- Na verdade era apenas um teste. Eu queria ver como estava a sua velocidade e a sua resistência.
- E qual a sua conclusão?
Meu tio olhou para o céu, e pensei que ele daria uma resposta negativa, mas:
- Você está incrível – fiquei feliz de imediato. – Seu objetivo era conseguir sair da floresta intacto, e você conseguiu.
Fiquei feliz, mas logo lembrei outra coisa:
- Tio, se você não estava na cidade, onde você foi?
- Me encontrar com o seu pai – respondeu ele; estranhei.
- Pra quê?
- Ele queria ter uma conversa comigo, e te mandou um presente.
Fiquei muito ansioso. Fazia muito tempo que meu pai não me dava presentes. Qual seria?
- Cadê? – perguntei.
- Aqui – respondeu ele, me entregando Billy.
- Ele? – perguntei, meio que decepcionado.
- Sim – meu tio me deu o cachorro e, assim que o peguei, Billy lambeu meu rosto. Fiquei, não sei por que, muito feliz.
- Que bonitinho – ri, enquanto ele lambia meu rosto.
- Au! – latiu Billy, balançando o rabo.
Meu tio sorriu, e chegamos em casa.
- Seremos grandes amigos – falei a Billy; e me surpreendi quando percebi que ele me entendeu.
Entrei, e minha mãe perguntou:
- O que achou do seu presente, filho?
- Adorei! – respondi, impressionado vendo que a minha mãe já sabia.
- Já até preparei uma casinha para ele – disse Kaori.
Billy latiu de felicidade e o coloquei no chão. O cachorrinho ficou correndo pela casa, sem rumo, provocando risos de todos nós.
O resto do dia foi normal e, já à noite, fui dormir, com medo de ter outro pesadelo. Mas, graças a Deus, foi tudo normal.
Levei um susto! Mas quem imaginaria que um cachorrinho como Billy poderia se transformar naquela fera? Com certeza aquilo era anormal. E Billy agora é meu bicho de estimação. Quer saber quais serão os próximos passos do meu treinamento? Então descubra nos próximos capítulo de "O Caçador de Vampiros".
Você não pode perder!
Acompanhem ^^
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