segunda-feira, 29 de abril de 2013

Capítulo 15 - O Mistério de Yuuki! O que está havendo? - 3ª Parte


    Terça-Feira: dia das inscrições.
    Fiz minha rotina e fui para a escola.
    Lá encontrei meus amigos, e na sala de aula cumprimentei os garotos do futebol e, é claro, Shimizu. 
    Ela ainda olhava para mim com o mesmo olhar de ontem: um brilho intenso me pressionava, como se ela quisesse que eu falasse alguma coisa a ela, mas eu não sabia o que era – ou sabia e era tolo demais para não lembrar.
    - Shimizu, algum problema? – perguntei.
    - Eu é quem pergunto – ela respondeu.
    - Como assim?
    - Não sei.
    - Você está me deixando confuso!
    - Eu? Por quê?
    - Parece que você quer que eu fale algo – isso me deixou pensativo. O que seria? De alguma forma minha cabeça dava um branco.
    - E você não quer falar nada? – ela estava curiosa, ao mesmo tempo em que me olhava com os seus lindos olhos castanhos.
    - Acho que não – respondi.
    - Então tá – ela se sentou. – Nos falamos mais tarde – Shimizu parecia chateada comigo. Mas por quê?
    Fui ao meu lugar, sem entender nada. 
    Mulheres…
    - É hoje, hein Natsuno – falou Masao, o líder do grupo dos populares da sala.
    - Eu sei – Natsuno estava impaciente. – Por que será que adiaram as inscrições, hein Fubuki?
    - Boa pergunta.
    Olhei para Yuuki, e ele ainda estava triste. Seus olhos vermelhos, igual ontem. Joe estava com o grupo dos garotos, e Riku, sentado no seu lugar, como sempre.
    Ele sempre olhava para mim e/ou para Yuuki. Parecia que ele queria me dar algum aviso, e eu já sabia qual era.
    Passaram-se as três primeiras aulas e fomos ao intervalo.
    Descemos, e Yuuki foi apressadamente na frente.
    - Vamos ver aonde ele vai – sugeriu Natsuno.
    - Melhor não – respondi. – Acho que Yuuki quer ficar sozinho.
    Natsuno deu uma murmurada e sentamo-nos numa mesa.

    Já na sala, Yuuki estava lá, com seu rosto triste.
    Dessa vez não falamos com ele, apenas fomos para os nossos lugares.
    Percebi que Shimizu conversava com as amigas e, de vez em quando, olhava para mim. Achei estranho, pois ela queria dizer alguma coisa, mas esperando eu dizer outra primeiro. 
    Riku ficava no seu lugar, sem falar nada. Me perguntei por que ele ainda não atacou Yuuki. Ele ficava olhando para mim, com sua cara sem emoção. Devia ser muito difícil para ele não ter amigos. E também Riku perdeu os pais. Eu não queria ter de lutar contra ele, mesmo que perdesse – e acho que perderia, pois Riku já é um caçador há anos.
    O professor chegou e lembrei-me dos dois valentões e do professor de História. Onde estariam essas horas? Algo me dizia que não estão de braço cruzados, e sim armando alguma para mim. De qualquer forma eu estava preparado. Olhei para o meu anel dourado, que virava a espada Takohyusei.
    Me concentrei nas aulas.
    Achou estranho eu falar “me concentrei”?
    Vou explicar.
    Na outra escola eu era um garoto um pouco bagunceiro. Não do tipo encrenqueiro, mas do tipo que gosta de brincadeiras. Mas a infância passa e amadurecemos. Decidi – ou melhor, descobri – que os estudos são importantes. Então estou começando, finalmente, a estudar.
    Resumindo: com o decorrer do tempo as coisas vão se revelando, tanto as boas como as ruins.
    Acho que é isso.

    Fique atento ao próximo capítulo de “O Caçador de Vampiros”
    Você não pode perder!
   
    Acompanhem ^^ 

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