sábado, 13 de abril de 2013

Capítulo 15 - O Mistério de Yuuki! O que está havendo? - 1ª Parte


    Chegando na escola, me deparei com Natsuno, Joe e Yuuki no campus. Na verdade, cheguei na mesma hora que os três, cada um vindo de um caminho diferente, devido às localizações de nossas casas.
    Quando nos encontramos, percebi que os olhos de Yuuki estavam vermelhos – não o vermelho dos vampiros, e sim um vermelho normal, de choro – e logo me perguntei: Yuuki andara chorando?
    - E aí, pessoal – os cumprimentei.
    - E aí Fubuki – falou Natsuno.
    - Como vai, amigão? – Joe quase esmagou a minha mão enquanto a apertava.
    - Oi – falou Yuuki; ele parecia meio triste.
    Estranhei.
    Entramos na escola e, como sempre, fomos para a sala.
    Mas quando já estávamos no corredor, vi Shimizu com as amigas.
    - Vai na frente, Natsuno – falei.
    - Está bem – ele olhou para mim com certa ironia.
    Então ele e os outros dois foram para a sala, enquanto eu me aproximava da Shimizu.
    - Oi – falei; suas amigas deram alguns risos e saíram.
    - Ah, oi Fubuki – ela deu um sorriso. – Algum problema?
    Eu não sabia o que falar. Na verdade eu nem sabia por que estava ali.
    Respondi:
    - É… - senti que fiquei vermelho, enquanto Shimizu olhava atenciosamente para mim. – Shimizu, eu só queria dizer que… é… estava preocupado com… você.
    - Só isso? – ela sorriu. – Que fofo!!!
    Isso me deixou sem jeito.
    Fofo? De onde ela tirara isso?
    Fiquei muito envergonhado.
    - Fubuki, é só isso mesmo? – ela perguntou; percebi que ela sabia que eu queria falar algo mais, mas não conseguia. Seu olhar profundo ofuscava minha mente, fazendo meu coração bater ainda mais forte e minha cabeça girar. Como era linda… E o pior: ela, de algum jeito, me pressionava. Mas sobre o que ela estava falando?
    - Só – respondi.
    - Tem certeza? – ela ficou olhando para mim, com aquele olhar.
    - Tenho. Por que essa pergunta?
    Então agora ela ficou vermelha.
    - Ah, nada – Shimizu respondeu. Então se aproximou de mim e me deu um beijo no rosto.
    Corei mais ainda.
    Depois ela sorriu e falou:
    - Fico grata por se preocupar comigo. E se tiver algo a mais para me falar, não perca tempo – e entrou na sala.
    Fiquei parado lá, naquele corredor.
    O que ela queria dizer com isso? Será que ela descobriu que eu a… amo? Não, não seria possível. Eu nunca demonstrei! Ou demonstrei?
    Ih, essa vida. Quem será que pode entendê-la?
    - O que faz parado ainda no corredor?! - perguntou Kobi ignorante (como de costume), me assustando.
    - Desculpe-me senhorita Kobi - falei e entrei, com medo.
    Na sala parecia que ninguém mais se lembrava do que aconteceu na última sexta, quando eu “fugi” da escola. Isso era estranho. Normalmente as pessoas comentariam entre si: “Olha lá aquele moleque louco que seguiu o motoqueiro!” ou “Vejam! Aquele menino que pulou do segundo andar da escola pela janela!”. Mas nada disso, apenas cumprimentos.

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