Quando deu 6h30 eu peguei minha mochila, me despedi da minha mãe e fui para a escola. Eu adoro andar, por isso fui a pé. Eu sei que ficava a quase um quilômetro da minha casa, mas queria conhecer um pouco a cidade, a vizinhança, as pessoas...
Cheguei cedo na escola Matsumoto.
Era um lugar bem bonito.
A entrada ficava no belo campus, cheio de árvores e jardins verdes, onde tinha uma praça, e ao lado do colégio havia uma movimentada avenida. A escola era enorme, tanto de altura, quanto de largura e comprimento. Tinha três andares. Pelo menos não parecia uma prisão, como tantas outras. Na verdade, até parecia um lugar agradável, com aberturas em bons lugares para a entrada da luz do dia e do ar. Resumindo: o colégio Matsumoto era ótimo.
Muitos alunos esperavam nos bancos – ou em pé – do campus, aguardando o portão da escola abrir, todos uniformizados. Eu me sentia sozinho, e fiquei do lado de uma árvore da praça (que ficava na frente do prédio da escola), observando as pessoas conversando entre si, todas se divertindo e rindo muito. Eu era apenas um solitário desconhecido. Parecia que eu estava invisível, pois ninguém me notava, e isso me deixava muito triste.
As aulas começaram há uma semana, mas, como sou novo na cidade, começo hoje. Para ser específico, era o quarto dia de aula para os alunos, menos para mim.
Algo me chamou a atenção. Um pouco distante, percebi três garotos grandalhões me olhando. Pareciam estar me observando há muito tempo, como se quisessem algo de mim.
Estranhei.
Finalmente o portão abriu.
Entrei, passei pelo pátio principal e subi as escadas, onde fiquei perdido no corredor – não sabia onde era a minha sala! A única coisa que sabia era que minha sala ficava no primeiro andar, pois todos os primeiros anos se situavam ali. Mas muitos passavam por mim e entravam em suas salas, sem nem sequer me dar atenção. Foi aí que uma menina apareceu:
- Está perdido? – me perguntou, com um belo sorriso.
Ela era linda...
Tinha cabelos lisos escuros até um palmo abaixo dos ombros, pele branca e macia e olhos encantadores. Seu corpo era muito bonito e ela tinha um jeito doce de falar. Fiquei tão fascinado com sua beleza que gaguejei:
- É… eu…
- Não sabe qual é a sua sala – ela adivinhou, me olhando com ironia.
- Isso. Sou novo nessa escola.
- Pode deixar que eu te ajudo – ela sorriu.
Pegou o papel que estava na minha mão e leu. Depois disse:
- Que coincidência! É a mesma sala que a minha!
- Legal – senti que fiquei vermelho.
Ela me explicou o caminho e falou:
- Te encontro lá, hein? Dentro de alguns minutos vai começar a aula – e quando já estava saindo ainda acrescentou: - E cuidado para não se perder por aí, Fubuki – sorriu e entrou no outro corredor, à direita.
Eu fiquei a observando enquanto ela estava indo. “Que garota linda!”, pensei. E ela gravou meu nome, que estava no papel!
De repente senti um estranho arrepio.
- Você é um cara de sorte – falou uma voz ao meu lado.
Era um garoto da minha idade, provavelmente com o mesmo peso e altura que tenho. Admito que ele era bonito, e parecia bem humorado.
Eu olhei para ele e percebi algo amarelo em seus olhos, como se fosse um brilho.
Perguntei:
- De sorte? Por quê?
- A Shimizu é muito popular entre os alunos, além de ser extremamente certinha.
Shimizu, esse era o nome dela…
- E o que isso tem a ver? – perguntei.
- Ela simplesmente é uma garota que não dá bola tão fácil aos garotos.
- Então você quer dizer que...
- Ela gostou de você.
- Bobagem – falei. – Eu me chamo Fubuki, Fubuki Kido – estendi a mão.
- Meu nome é Natsuno Kogori, prazer!!! – ele a apertou e sorriu; logo vi que Natsuno era um cara legal.
- Bom, agora eu vou para a minha sala.
- Sua sala é a 2, não é?
- Sim – respondi. – Por quê?
- É a minha também. Vamos?
- Vamos.
Então fomos para nossa sala.
Natsuno conhecia muita gente, então as cumprimentou. Eu só me sentei num lugar perto da janela e fiquei olhando para fora, a linda praça que ficava no campus, em frente ao prédio da escola.
Natsuno sentou na carteira em frente a minha.
Não houve muita lição devido ao começo da segunda semana (e quarto dia de aula), por isso Natsuno e eu ficamos conversando sobre nossos passados.
Ele falou pouco de sua vida. Disse apenas que seu pai era policial, e que ele morava com a avó – percebi que seu rosto estava triste enquanto falava dessa parte. Depois ele voltou a ficar animado, quando falou sobre o time de futebol da sala, das belas garotas da escola, etc.
Chegou a hora do intervalo e lanchamos. Era incrível o numero de alunos que faziam parte do nosso intervalo. Mas ainda assim eu me sentia infeliz.
Natsuno e eu nos sentamos numa mesa no canto do refeitório. Percebi, no meio dos alunos, uma senhora muito feia: era gorda, tinha cabelos curtos em rabo de cavalo, usava óculos enormes e tinha uma feição horrível. Até me assustei.
- Essa é a Kobi – falou Natsuno, apontando para a senhora, que vagava pelo refeitório, aparentemente vendo se estava tudo tranquilo. – É a inspetora da escola há mais de vinte anos – me surpreendi. – É também uma velha muito rabugenta – Natsuno e eu rimos na hora.
O resto das aulas ficamos sem fazer nada, apenas ouvindo explicações e tutoriais dos professores, uma chatice...
1º dia de escola e ja se apaixona por uma menina... kawaii *-* ... quero continuar a ler e ver o que vai acontecer com eles...
ResponderExcluircontinua wes... beijinhos :*
ate q vc presta pra alguma coisa na vida kk. Brincadeira mto boa essa historia, nunca pensei q diria isso mas parabéns!!!
ResponderExcluirKKKKKK Vc dizendo 'parabéns' ?? o.O kkkkk
ResponderExcluirObrigado xD