Dia anterior
Depois de ver Yuuki se despedindo de Fubuki e dos outros, Riku o seguiu.
Yuuki andou em sentido norte da escola, sem perceber nada. Riku sempre se escondia quando Yuuki olhava para trás e, assim, seguiu o garoto até a casa de sua família.
Assim que Yuuki entrou, Riku foi para algum ponto do lado de fora da casa que pudesse vê-lo. De lá, ele viu Yuuki cumprimentando sua mãe e subindo ao quarto. Yuuki parecia muito triste, sempre com lágrimas quase saindo de seus olhos.
Quando ele chegou ao seu quarto, Riku já estava na janela o observando. Riku se sentiu mal vendo Yuuki chorar a tarde toda. Yuuki chorava, chorava e chorava. Parecia muito triste, e sempre falando pra si mesmo: “Por quê?”, “Não podia ter acontecido isso!”, “Eu sou um idiota.”, “É minha culpa!”.
Yuuki desceu apenas para almoçar e, ao lado da mãe, parecia mais feliz. Mas quando voltou para o quarto a tristeza voltou. E, triste, ficou até o anoitecer.
Riku sofria muito só de ver o garoto chorar, e sabia por que, pois, antes de atacar Fubuki, ele ouvira a conversa. Mas, por outro lado, Riku estava lá para descobrir se Yuuki era mesmo do bem, como falava Fubuki. E ele já sabia a resposta.
- Meu Deus, por que aconteceu isso com ela? – Yuuki chorava – Justo ela!
- Isso não vai te ajudar em nada – Riku resolveu aparecer na janela.
- Hã?
Yuuki ficou surpreso, já parando de chorar.
- Riku, por que você…
- Eu queria confirmar se você era confiável.
- Então ficou claro?
- Acho que sim.
Riku se sentou na cama de Yuuki, bem ao lado dele. Parecia um pouco desconfortável, um pouco tímido.
- Você se culpando apenas sofrerá mais.
- Sofrerei mais?
- Eu… eu perdi meus pais há algumas semanas… – Riku segurava o choro – Os perdi, e não posso fazer nada. Eu sei o que você está sentindo, e também me culpo. Eu não pude defendê-los, não pude lutar, não pude fazer nada!!
Riku chorava e, pela primeira vez, não evitava a tristeza.
- Yuuki, eu tento esquecer, mas não é fácil! Eu sei exatamente o que você sente, então te darei um conselho: esqueça.
- Mas como você disse, não é fácil – respondeu Yuuki, enxugando uma lágrima.
- Eu sei. Mas tente, e verá que a sua dor não será tão ruim. Se você ficar pensando na sua falecida irmã, não conseguirá viver.
- Você deveria dizer isso a você mesmo.
- Hã? - Riku foi pêgo de surpresa.
- Riku, percebo que você é solitário, que não gosta de amigos e, pelo que me parece, é por causa do sofrimento.
- Não é isso.
- Hum?
- Eu me divirto caçando os maus vampiros. Gosto muito do que faço e honro meu clã. Além disso, ajudo a humanidade – ele sorriu.
- Mas então por quê?…
- Não confio em mais ninguém – Riku desviou o olhar.
- Por quê?
- O assassino da minha família era um grande amigo dos meus pais. Mas depois… - sua voz falhou.
Yuuki ficou com pena do garoto.
- Entendo – falou. – Mas pode confiar em nós. Somos diferentes.
Riku ficou em silêncio, pensativo. Depois se levantou, foi para a janela e disse:
- Até mais.
E se foi, pulando pelos telhados das casas, na linda noite de lua cheia e céu estrelado.
Yuuki ficou no seu quarto, satisfeito com a conversa, apenas observando o garoto indo embora.
Ele finalmente entenderia?
Bom, acho que finalmente Riku descobriu o valor da amizade. E quem diria que seu primeiro amigo é um vampiro! Mas um vampiro do bem, é claro. No final das contas ficamos todos felizes. Quer saber o que vai acontecer agora? Então descubra nos próximos capítulos de “O Caçador de Vampiros”.
Você não pode perder!
Acompanhem ^^
Nenhum comentário:
Postar um comentário